Publicado por Cesar Gouveia - 17/09/2014 - às 16h45
Por que o direito de resposta não me foi dado?
Faço esta carta aberta endereçada
ao jornal Folha da Vila Prudente por conta do artigo “Ideal Sob Suspeita”,
veiculado no semanal de 12 a 18 de setembro de 2014, o qual coloca-me como
instrumento que será engolido pelo Sistema.
Do meu ponto de vista fora
cometido uma injustiça diretamente a minha pessoa e não um agravante provocado
à credibilidade de um jornal como a Folha de Vila Prudente.
Para um jornalista compor uma
matéria ele necessita de averiguação concreta e confirmação de fontes seguras,
eu na condição de não jornalista tenho conhecimento disto e esperava isto de
qualquer veículo sério de comunicação. Neste citado artigo se questiona a minha
postura ética, algo que faltou à Folha de Vila Prudente.
Tenho 38 anos e sou morador da
favela de Vila Prudente, filho de migrantes nordestinos, nasci, criei-me e moro
no mesmo local. Constituí família e na participação na comunidade de base da
Igreja Católica, mais precisamente na igreja São José Operário aprendi a
transformar a fé em ação concreta.
Assim a convite do Pe. Patrick Clarke integrei
a equipe central do MDF – Movimento de Defesa do Favelado – Região Episcopal
Belém e lá aprendi, através da missão do MDF que é: a defesa e promoção da dignidade
do favelado na sua dimensão artística, política, pedagógica e religiosa,
mediante o tripé: PRESENÇA, resistência e solidariedade.
Essa missão tem norteado a minha
vida tanto social quanto política, assim atuei na luta para a conquista dos
títulos de posse da favela de Vila Prudente, na constituição da COOPERATIVA DE
CATADORES RECIFAVELA, que saiu dos baixos do viaduto e está conveniada com a
prefeitura, mesmo que tenha aparecido candidatos da região propagandeando na
mesma Folha de Vila Prudente que atuou nessa questão, estranho que nenhum
membro da cooperativa se recorde dele.
Atualmente tenho feito a
articulação entre a comissão de moradores e o metrô sobre os impactos do
monotrilho na favela, tenho participado das conferências de habitação, plano
diretor entre outras, fui membro Conselho participativo municipal da
subprefeitura de Vila Prudente, sendo inclusive o mais votado e exerci tal
função de coordenador
Fui convidado a estar na
subprefeitura de Vila Prudente trabalhando na Supervisão de Habitação. E
conscientemente da minha missão de PRESENÇA, resistência e solidariedade mais
uma vez respondo ao chamado de estar a serviço da população, me colocando à
disposição, não de um partido político como insinua tal publicação do jornal,
mas da população de Vila Prudente que publicou em seu veículo difamação de
minha pessoa sem que me dê direito de resposta. Uma decepção.
Por fim, tal publicação não irá
me parar continuarei a serviço da população do bairro e não às opiniões que
tentam me difamar. Cito aqui um trecho da saudosa filósofa Valesca: “ “beijinho
no ombro”.
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