Por Kassia Bobadilla, com colaboração Cesar Gouveia
Em uma noite de tensão e
ansiedade na favela, a Igreja de São José cheia. Todos moradores queriam saber o
que a obra de ligação do monotrilho à estação Ipiranga acarretaria à Favela de
Vila Prudente.
As lideranças do Movimento Dos Favelados
(MDF) e membros da comissão de moradores que estavam presentes têm acompanhado
o assunto e participado das reuniões desde o início.
A mais recente reunião com o
metrô aconteceu essa semana, e nela foi disponibilizada uma primeira versão do
traçado do monotrilho, que inicia beirando a escola estadual Carolina Augusta
Galvão, passa pela pracinha entre as ruas Coelho Neto e Dianópolis e pega entre
10 a 20 metros adentro da frente da favela. Porém, isso não é definitivo e pode
aumentar ou até diminuir.
A linha em laranja é o traçado das obras. |
A entrega da obra está prevista
para final de 2017, início de 2018. Vale lembrar que nesse ano não ocorrerá nenhuma
obra do monotrilho na favela.
É um momento de união. “A luta
não é minha, dele ou dela, é de todos nós. Uma luta da Favela de Vila
Prudente”, enfatiza André.
Foi sugerido a luta pelo terreno
da Sabesp e todos os presentes concordaram. “Temos que decidir essas coisas em
conjunto, como: ninguém sai de casa sem moradia e chave na mão”, disse Chicão,
um dos moradores.
Dessa forma, ficou marcada para o
dia 20 de julho uma nova reunião entre os moradores para decidirem que tipo de
ações de mobilização serão feitas para reivindicar um terreno para moradia
popular.
Para o dia 4 de junho, às 19h, está
prevista também uma audiência pública na sede da Subprefeitura de Vila Prudente
a qual discutirá sobre a Operação Urbana, ação da Prefeitura Municipal de São
Paulo que prevê a reestruturação urbana no trecho que se estende do centro da
cidade até os limites entre São Paulo e a cidade de São Caetano do Sul. A
audiência pública permite que todos possam participar da discussão sobre as
ações nessas regiões.